quinta-feira, 21 de junho de 2007

O Carrinho de Compras das Famílias Portuguesas

No primeiro semestre de 2005, os lares portugueses que efectuaram compras na chamada Distribuição Moderna gastaram menos 4% do que no semestre anterior; no entanto, o número de artigos adquiridos pelas famílias nestas compras foi 3,4% superior.
De acordo com o MRI - Marktest Retail Index, no primeiro semestre do corrente ano, o carrinho de compras das famílias levou em média 14 artigos por compra. Contudo, este indicador varia consoante a tipologia de loja onde se fizeram as compras.
O carrinho de compras das famílias adquiriu maior dimensão em compras feitas nas lojas Hipermercados; em média, 23 artigos por compra. Nos Supermercados, este indicador desce para menos de metade, pois as famílias levaram em média 10 artigos, por ida às compras. Nas lojas Discount o número médio de artigos por compras foi 17.



No entanto, se tomarmos em conta que, neste semestre e em média, as famílias foram 7 vezes por mês às compras a Supermercados contra as 3 vezes que foram em média a Hipermercados e 4 a lojas Discount; verificamos que as famílias levaram menos artigos em cada compra efectuada num Supermercado do que nos outros dois tipos de loja, mas como vão mais vezes às compras, acabam por adquirir mais artigos.No entanto, se tomarmos em conta que, neste semestre e em média, as famílias foram 7 vezes por mês às compras a Supermercados contra as 3 vezes que foram em média a Hipermercados e 4 a lojas Discount; verificamos que as famílias levaram menos artigos em cada compra efectuada num Supermercado do que nos outros dois tipos de loja, mas como vão mais vezes às compras, acabam por adquirir mais artigos.




Se observarmos a totalidade de artigos adquiridos pelas famílias neste período em produtos de consumo corrente para o lar na Distribuição Moderna, 42,7% foram adquiridos em Supermercados. Um valor consideravelmente superior aos 29,6% adquiridos em lojas Discount ou 25,5% em Hipermercados.



Em geral, é ao sábado que em média o carrinho leva maior número de artigos, 16 respectivamente.
Ao longo da semana, verifica-se que de segunda a quinta- feira o carrinho de compras das famílias, em média, varia entre os 12 e os 13 artigos em cada compra. Chegando a sexta-feira, o carrinho aumenta para os 15 artigos, apresentando o auge da semana ao sábado com 16 artigos, em média por carrinho e por compra, descendo novamente para os 15 artigos no Domingo.
Em comparação com o semestre anterior, verifica-se que o número médio de artigos por carrinho de compras das famílias reduziu em média, independentemente do dia da semana, cerca de 1 artigo por carrinho.
Por dia da semana, o número médio de artigos por compra diminuíu entre os dois semestres, mas os resultados globais do primeiro semestre de 2005 indicam que este indicador aumentou 3,4% relativamente ao semestre anterior.
Se observarmos o número de vezes que, em média, as famílias foram às compras, verificamos que existiu um aumento de idas às compras neste primeiro semestre comparativamente com o último de 2004. Em média e em cada mês, as famílias foram mais uma vez às compras a lojas Discount e a Supermercados. Isto é, compraram, em média, um menor número de artigos por compra, mas foram às compras mais vezes em cada mês.
Mas, será que se evidenciam tendências idênticas nos vários tipos de loja? Efectuando esta análise com as duas variáveis, tipos de loja com os dias da semana, o número médio de artigos por compra varia consoante a tipologia em análise.
Embora, no primeiro semestre deste ano a tendência geral se verifique, isto é, o Hipermercado continua a ser a loja onde as famílias levam um maior volume de artigos por compra e o sábado o dia da semana que atinge um número médio de artigos mais elevado por compra, de facto, denotam-se algumas dissemelhanças.






O carrinho de compras nas lojas Discount apresenta uma tendência a aumentar o número médio de artigos por compra ao longo da semana, atingindo o seu máximo ao Domingo, ao contrário do que acontece com os Hipermercados e Supermercados. No primeiro semestre deste ano, o cabaz médio ao Domingo nas lojas Discount foi de 20 artigos, tantos quanto o dos Hipermercados.
Aliás, o carrinho de compras de Domingo nos Hipermercados, em média, levou apenas mais artigos que o de segunda-feira.
Enquanto que o Domingo para as lojas Discount é dos mais fortes em número médio de artigos por carrinho de compras, para os Hipermercados é o oposto, dos menos fortes.
Comparativamente com o semestre anterior, os Hipermercados são as lojas que apresentaram um decréscimo mais acentuado neste indicador, em média, 2 artigos por carrinho de compra. Acrescenta-se o facto de, à excepção deste tipo de loja, as famílias foram, em média, mais uma vez por mês às compras a Supermecados e a Lojas Discount.
Contudo, continuam a ser o tipo de loja onde o carrinho de compras das famílias é, consideravelmente, mais volumoso em número médio de artigos adquiridos por compra do que nos outros tipos de loja aqui em análise.


Carlos Machado

A Gestão do Orçamento das Famílias em Compras




De acordo com os resultados do MRI, da Marktest, a percentagem despendida pelas famílias portuguesas em compras para o lar nos hipermercados decresceu cerca de 2 %, enquanto que em lojas discount aumentou mais de 1,5%, no segundo semestre de 2005 comparativamente com o período homólogo do ano anterior.
Marktest.com, 23 de Maio de 2006
De acordo com os resultados do estudo Marktest Retail Index, as famílias portuguesas continuam a comprar grande parte dos produtos de consumo corrente para o lar no comércio organizado.
Observando a distribuição do valor gasto pelas famílias nos vários sectores de produtos disponíveis no chamado retalho organizado, verifica-se que, dependendo do sector em análise, existe uma maior afinidade das famílias a realizarem as compras dessses produtos em determinado tipo de loja. Verificam-se também ligeiras alterações do comportamento quando efectuamos uma análise comparativa entre os dois períodos homólogos que se encontram em análise.




A afinidade compara o comportamento de um grupo com o comportamento do Universo. Dizer por exemplo que a afinidade das bebidas não alcoólicas com a Loja Discount é de 165, significa que na compra de produtos deste sector a Loja Discount tem um peso que é 65% superior à média nacional.
Dos sectores em análise, a afinidade das famílias na compra de produtos de mercearia, bebidas não alcoólicas, lacticínios, Consumíveis para o lar, pet care e higiene do lar é superior nas Lojas Discount. Por sua vez, a afinidade na compra de frescos e padaria/pastelaria é superior no segmento dos Supermercados. Os produtos para bebé, as bebidas alcoólicas e os produtos de higiene pessoal e de beleza apresentam uma afinidade superior ao total nos Hipermercados.
Efectuando agora uma análise comparativa com o semestre homólogo em 2004, globalmente verificamos que o comportamento das famílias apresenta uma tendência idêntica no que diz respeito à afinidade dos produtos com a tipologia de loja.
No entanto, é pertinente destacar algumas tendências de mudança de comportamento que a comparação entre os dois semestres deixa transparecer. Referimo-nos, por exemplo, ao crescimento da afinidade das famílias na compra de congelados embalados em hipermercados, ou à compra de produtos para bebé em supermercados e à compra de consumíveis para o lar (guardanapos de papel, rolo de cozinha, entre outros) em lojas discount. A verdade é que as famílias gerem o seu orçamento familiar, no que diz respeito às compras para o lar, de forma cada vez mais rigorosa; sectores de produto como mercearias ou lacticínios, que se caracterizam por bens de necessidade básica, assumem uma afinidade das famílias à tipologia de loja cada vez mais definida.
Esta análise tem como base informação do estudo Marktest Retail Index, que mensalmente recolhe junto de um painel de 3000 famílias do Continente todas as informações que permitem caracterizar o seu comportamento relativamente às compras.

Carlos Machado